Náuseas e vômitos na gestação

Náuseas e vômitos no primeiro trimestre da gravidez são eventos tão comuns que podem quase ser
considerados como uma manifestação normal. Os enjôos da gravidez normalmente surgem na 5ª ou 6ª semana, durando, geralmente, até as primeiras 12 semanas. Algumas mulheres podem permanecer com
náuseas até a 18ª semana, época em que 90% das gestantes já não as tem mais.

A gravidade dos enjôos na gravidez varia muito. Algumas mulheres quase nada sentem; outras se
queixam de náuseas leves em curtos períodos, muitas vezes sem vômitos; há também os casos nos quais os enjôos e os vômitos são freqüentes, tornando o primeiro trimestre da gestação muito desagradável.

Existem ainda os casos de hiperêmese gravídica, um quadro de náuseas e vômitos tão intensos
que impedem a alimentação e levam a gestante à desidratação.

Fatores que pioram as nauseas na gravidez:

– Mulheres que antes da gravidez já apresentam náuseas com mais facilidade, como durante movimentos ou após estímulos a cheiros e sabores fortes.
– Mulheres ansiosas ou gestantes muito jovens também apresentam maior incidência e intensidade de
enjôos.
– Gestantes com antecedentes de enxaqueca apresentam maior risco.
– Grávidas de gêmeos apresentam maior incidência e maior intensidade de enjôos e vomitos.

Sintomas mais frequentes:
Na maioria das mulheres grávidas os enjôos são intermitentes. É comum haver uma alternância
entre fome e enjôos ao longo do dia. O ideal é que a gestante procure fazer suas refeições sempre que as náuseas desapareçam.

Apesar de incômodo, os enjôos da gravidez raramente causam algum problema ao feto. As maiorias das
gestantes conseguem se alimentar durante os períodos de alívio das náuseas, mantendo assim um adequado consumo de nutrientes.

Associado aos enjôos é possível que a gestante apresente alterações no seu olfato e paladar.

Forma Grave

A hiperemese gravídica é uma apresentação grave dos vômitos matinais. Caracteriza-se por vômitos freqüentes, que não respondem ao tratamento domiciliar, associados a desidratação, alterações hidroeletrolíticas e perda de peso. Como a grávida não consegue se alimentar nem ingerir líquidos, o internamento hospitalar pode ser necessário para que se possa administrar fluidos e alguns nutrientes por via intravenosa.

Procure seu Médico
O tratamento será orientado por ele. Nesta fase é importante evitar uso de medicamentos sem a orientação do seu obstetra.

Na maioria das gestantes os enjôos matinais não necessitam de medicamentos, apenas algumas
alterações na dieta e de alguns hábitos de vida:
Evite grandes refeições. O estômago da grávida esvazia mais lentamente, por isso, pequenas porções são mais bem toleradas. Comer demais e ficar com o estômago cheio pode precipitar náuseas e vômitos.

Evite comer e deitar-se logo após. Evite comer perto da hora de dormir. Não deixe de se alimentar por
medo de vomitar.

Peça para alguém preparar a comida.

Procure estar sempre bem hidratada.

Ingira pequenos volumes de cada vez.

Líquidos frios são mais bem tolerados.

Evite a fadiga.

O mais importante é reconhecer o que lhe faz bem ou mal. As dicas acima funcionam para
a maioria das mulheres, mas pode ser que você tenha que descobrir as suas.

Sempre é importante ser acolhida por seu médico pré natalista e por nutricionista.

Dra. Maria do Socorro Gomes

Saiba como amenizar os enjoos da gravidez

Os enjoos são um dos sintomas clássicos de uma gravidez. Por conta do aumento da progesterona no organismo, a partir da sexta semana de gestação, e até o final do terceiro trimestre, a mulher tende a sentir o mal-estar.

Os enjoos são um dos sintomas clássicos de uma gravidez. Já que não é possível escapar, o ideal é usar algumas dicas para amenizar os enjoos. A primeira sugestão da médica é comer em intervalos curtos, de três em três horas. “A dieta fracionada é muito importante. Se a gestante fica muito tempo sem comer, os enjoos ficam mais fortes”, alerta Priscila Prizmic, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz, de São Paulo.
Evitar carboidratos também alivia o mal-estar. Os alimentos pertencentes a esse grupo provocam desconforto gástrico mais intenso. A dica da médica é trocar os carboidratos comuns, como massas e pães, pelos integrais – como os pães integrais. O ideal é que a gestante inclua na dieta de quatro a cinco porções de frutas e derivados de leite (queijos, iogurtes etc.) por dia. Esses alimentos ajudam a repor as vitaminas e o cálcio necessários para o período.
Água de coco e chá de gengibre gelados são dois antieméticos, substâncias que ajudam no alívio do enjoo naturalmente. Priscila sugere que essas bebidas sejam ingeridas durante toda a gestação.
De acordo com Priscila, comer duas bolachas de água e sal ao acordar ajuda a amenizar os sintomas. “Beber muito líquido nas primeiras horas do dia deixa a mulher ainda mais enjoada. Por isso, aconselhamos as pacientes a comer duas bolachas de água e sal assim que acordam.”
Além de controlar os hábitos alimentares, a gestante pode usar alguns medicamentos para o alívio do mal-estar. O ginecologista fará a indicação de qual é o indicado para cada paciente. “É importante que ela não sofra com as náuseas. Existem medicações que podem ser utilizadas durante a gestação. É só consultar o médico”, diz.