“Estar dentro do peso ideal diminui o risco de má formação fetal em até 50%”, afirma o pediatra geneticista Roberto Muller. Segundo o especialista, as mulheres que estão acima do peso têm maior propensão a apresentar diabetes gestacional e também a desenvolver a hipertensão própria desse período, chamada pré-eclampsia, que pode provocar parto prematuro e, em casos mais graves, morte da mãe ou do bebê.
O ideal é planejar a gravidez para poder passar pelo período gestacional com o corpo pronto para os nove meses de espera e crescimento do bebê. “O planejamento é importante porque, depois de grávida, a mulher não pode fazer grandes regimes, já que precisa alimentar o bebê”, explica Muller, que lembra a importância do IMC também depois do feto fecundado.
“Toda mulher grávida vai ganhar peso pelo motivo óbvio de que o bebê cresce. Mas ter controle é essencial. Não é saudável perder peso, porque pode ser sinal de problemas com a mãe ou com o desenvolvimento do bebê, e nem ganhar quilos em excesso. O máximo de peso ganho deve variar de nove a 12kg, o equivalente a aproximadamente um quilo por mês de gestação”.
Para calcular o IMC, a equação é simples: peso (em quilogramas) dividido por duas vezes a altura (em metros). Se o resultado for um número abaixo de 20, é indicativo de que está abaixo do peso ideal. De 20 a 24,9, está dentro do peso recomendado. De 25,0 a 29,9, a faixa já é um alerta de sobrepeso. Obesidade é caracterizada por números que variem de 30,0 a 39,9. Acima de 40 é obesidade mórbida. O site do IBGE fornece uma calculadora online para facilitar a conta.